TRADIÇÃO DA TRÍVIA NEGRA

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BRUXARIA FAMILIAR – GRUPO DE BRUXARIA FAMILIAR


    AÇÕES – ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS

    Nubius Draknir
    Nubius Draknir

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    AÇÕES – ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS




    Muito se fala no assumir as responsabilidades pelos atos cometidos mas, na prática, pouco realmente se aplica esta máxima.


    Na maioria das vezes se assume uma posição que nos é confortável, o que na verdade não quer dizer que seja a correta a ser tomada. Com isso se assume, quase sempre, o comodismo e se pratica a mentira, quer seja socialmente aceita quer seja uma desculpa não só para os outros, mas, principalmente, para nós mesmos.


    Quando se trilha, verdadeiramente, um Caminho – principalmente o Antigo – este tipo de atitude não nos cabe.


    Geralmente, mesmo depois de algum tempo no Caminho, nos flagramos cometendo os erros simplórios de ficar em cima do muro, nos pegamos em mentiras sociais que amenizam determinadas situações ou até mesmo nos livram de certas enrascadas no trabalho, com colegas, em festas ou no dia-a-dia. Contudo, sabe-se que, para os que já possuem um certo cabedal adquirido ao longo da Busca, ao se flagrar cometendo tais atos se está, de fato, ciente e conscientemente presente no seu Caminho, no seu sacerdócio.


    Sempre, quer seja um iniciante quer seja um iniciado nos Mistérios Antigos, iremos observar que devemos, sempre, nos manter vigilantes para que estejamos presentes no momento, conscientes e, como sacerdotes e/ou Caminheiros, moldarmos a nossa realidade para algo muito melhor.


    Com isso, nota-se que somente pelo “vigiar e trabalhar” mudam-se padrões, mudam-se nossas realidades (aqui digo que não só a realidade material, mas, também, a astral e, principalmente, a espiritual).



    TODA AÇÃO TEM UMA REAÇÃO – UMA CONSEQUÊNCIA. TODA AÇÃO É, BASICAMENTE, UMA ESCOLHA.
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    Assim sendo, não nos cabe baixar a guarda, ou seja, ficar tentando viver como os “dormentes” que nada sabem a respeito da Arte de Moldar a Realidade.


    Não podemos nos dar ao luxo de fechar nossos olhos, fazer de conta que tudo está bem e continuarmos a correr para o lado do mais fácil e cômodo. Muito se é cobrado quanto mais se é adquirido ao longo do Caminho.


    ERRAR É NORMAL E COMUM, DIFERENTE É ESTAR CIENTE E CONSERTAR O ERRO. Estar sempre alerta e, acima de tudo, se policiar para não cometer os erros que outrora se cometia.


    Pessoalmente cada qual sabe e deve observar o que se deve ajustar em si para que se Caminhe com mais segurança na Senda e possa exercer o sacerdócio de forma mais plena. Aqui, leia-se que é o vigiai e orai – vigie, se policie e trabalhe em melhorar o que é falho e no que lhe falta – parece cristão, né? Mas não é, é mais antigo que o tempo.


    O verdadeiro Caminheiro do Caminho Antigo sempre age conforme seu coração e tem em mente que, cada ação, cada escolha que faz é de sua inteira e única responsabilidade.


    A grande Virtude – e aqui falo de uma senda a qual pertencia mas que, de certa forma, se aplica a todas as vertentes do Velho Ofício – se encontra justamente onde muitos, em outros Caminhos, fogem – da responsabilidade sobre as consequências de suas ações e escolhas, em trazer para si os bônus e também os ônus de tudo o que faz, sem colocar a culpa em um “demônio” qualquer.


    Antes de mais nada, ser pagão é observar a responsabilidade pelas escolhas e atos. Isso vai muito além da observância e prática, vem no constante aprendizado e Caminhar junto aos Antigos Deuses, junto aos seus irmãos e irmãs, ter a compaixão em entender o ato do outro e, de forma elucidativa e instrutiva, ajudar o irmão ou irmã de Caminho, bem como a outros que, quer seja como pessoa quer seja espiritualmente, a se corrigir e melhorar.


    Ter a consciência disto é ter uma escolha e, consequentemente, a conseqüência desta escolha é na maioria das vezes ser visto de forma diferente. Na maior parte das vezes é ter algo carismático, pragmático que não se define em uma ou outra qualidade ou ação. Isso nos traz tanto aliados quanto “inimigos”, quer no meio social, material, familiar quer seja no campo espiritual e emocional.


    Assuma toda e qualquer ação e seja feliz sabendo que, além dos Deuses Antigos e sua consciência, nada e nem ninguém poderá lhe condenar e/ou lhe cobrar. Somente você é responsável por tudo àquilo que você escolhe e age.


    Querendo ou não, como diria o autor do livro “O Pequeno Príncipe”, somos responsáveis por tudo àquilo que cativamos, quer seja de bom ou de ruim; temos que ter a consciência de que iremos colher os frutos destas ações e escolhas, seja qual Face do Caminho trilharmos. Temos que ter em mente, também, que este é um dos preceitos da Antiga Fé.


    Assim sendo, não devemos ficar remoendo, sobre os nossos erros e as coisas que temos que mudar em nosso Trilhar; pois as mudanças são necessárias para o nosso crescimento na Arte e ficar remoendo só vai nos atrasar e nos tornar como os sonâmbulos que existem por aí – amargos, acomodados e sem força de iniciativa própria.


    Erros sempre vamos cometer, porém nos cabe, não nos culpar e sim nos responsabilizarmos por eles e corrigí-los na medida que possível e assim, melhorar e moldar a realidade que nos cerca. O primeiro passo é estarmos mais presentes, mais conscientes de nós mesmos e daqueles que nos cercam.


    Jamais devemos esperar que outros tenham a mesma conduta e modo de agir que nós temos, pois cada um é cada um e esta é a maravilha da diversidade da Grande Mãe. Devemos respeitar a escolha dos outros e, caso esta escolha não seja acertada, em vez de criticar, dever-se-ia tentar aconselhar a tomar outro caminho, outra atitude, outra escolha que seja mais assertiva para a situação em que este outro se encontra.


    Lembro que, e esta vai para os que têm seus companheiros e/ou companheiras – pagãos ou não –, se o Caminho sendo trilhado apenas por um não é muito fácil, sendo trilhado por dois então nem se fala.
    É aqui que cabe, e isso vale para os dois, o saber respeitar os limites um do outro. Cabe a cada qual chamar o outro para conversar e entrar em um consenso e, eis que é aqui a grande maravilha do processo, escolher o que lhes cabe ou não na relação.
    Jamais se deve anular-se para o bem de outro, antes de tudo cabe o amor próprio, pois sem este como se poderá amar outro?


    Ressalto que, para não fugir do tema, CADA AÇÃO PROVOCA UMA REAÇÃO – cada ação, cada escolha, cada palavra, cada posicionamento que se toma terá, de forma irrefutável, uma consequência e, assim sendo, é dever de todo pagão, todo bruxo e bruxa, tomar para si a responsabilidade sobre tudo isso, sem se culpar e se torturar.


    RESPONSABILIDADE NÃO É CULPA e sim consciência plena de tudo o que lhe cerca, ser presente em si e ser senhor e/ou senhora de si.


    Somente trazendo para si tal responsabilidade é que se pode, no Caminheiro Antigo, realmente trilhar de forma plena a Antiga Arte, ter e exercer, realmente, o sacerdócio conforme se deve ser – DIVINO.




    * Este texto foi escrito, originariamente em 2008. Foram feitas modificações, pois algumas partes são pertinentes apenas ao Caminho ao qual escolhi a trilhar e que não é pertinente a maioria dos outros caminhos. Assim sendo, este texto é mais curto e enxuto. O texto original está comigo e passei uma cópia do original, como presente, para uma pessoa que sei que tem o mesmo princípio e Caminho similar ao meu.
    Que as Bençãos dos Deuses Antigos esteja com cada um de nós.
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