TRADIÇÃO DA TRÍVIA NEGRA

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    Consciência e Magia

    Nubius Draknir
    Nubius Draknir

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    Mensagem  Nubius Draknir

    Consciência e Magia Cerebr10


    Consciência e Magia


    Quando se adentra em um Caminho de Mistérios, são levados em conta vários aspectos que serão base, fortaleza e porto seguro nas “Noites Escuras d’Alma”. Acredito que poucos, ou melhor, quase ninguém se atém em refletir, meditar e ponderar sobre tais aspectos.


    No decorrer da Trilha acontecem tropeços, tombos, sustos e toda sorte de “imprevistos” possíveis e imagináveis. Para muitos isso pode ser chamado de “acaso”, “coincidência” e outras denominações; no entanto lembro que em uma Senda Iniciática não existe o acaso ou a coincidência, mas sim ações e consequências, energias movidas, a Grande Teia e por fim a intervenção Divina.


    Tendo isso em mente vamos observar que, desde o início, nos é mostrado – quer por ensinamento, bate-papo, literatura e até mesmo exemplos – algumas Leis Universais que desconhecíamos. A primeira que nos é mostrada é a Lei Tríplice que se resume de forma simples no seguinte: toda ação, boa ou não, retorna para nós em três vezes. Depois nos é mostrada, de forma tímida e pouco explanada, a Lei do Carma e Darma (Karma e Dharma) onde carma são os débitos espirituais enquanto que o darma são os créditos com a espiritualidade. Cito aqui apenas estas duas pra exemplificar, no entanto se você parar para observar, notará que são numerosas as Leis e seus ensinamentos durante a sua jornada perante e para os Deuses.


    De fato nos é ensinado, relembrado e repassado durante todo o tempo. No entanto muitos de nós faz questão de “esquecer”. Coloco esquecer entre aspas para mostrar a vocês que não nos esquecemos mas sim nos fazemos de “mocos”, tontos que teimam em observar as Leis.


    Acredito que isso ocorra porque teimamos em não ter consciência destas Leis. Não querendo ter ciência delas denota-se que ainda nos agarramos as nossas deficiências, lutando para não abandoná-las e, ainda, nos agarrando a conceitos, ideias e comportamentos que já não nos cabem mais; buscando ainda manter o estado de ignorância.


    Quantos de nós não ouviu repetidas vezes que a ignorância é uma bênção que não nos é concedida??? Pois é, perdendo-se a ignorância que tínhamos quando iniciamos nossa trajetória na Antiga Arte, tomamos consciência de coisas, fatos e atividades que nem sonhávamos. E mais, tendo-se o conhecimento das coisas, energias, Leis Universais e Divinas, perdemos a inocência. Nos tornamos responsáveis de nossas ações, pensamentos, palavras e atos.


    Sabe-se que o estudo e a leitura são muito importantes para aqueles que estão e/ou adentram no Caminho Antigo. Porém, mais importante ainda é ter consciência de si, da Teia no qual está inserido e principalmente de sua espiritualidade e busca. A leitura e o estudo vão contribuir para o conhecimento, formação, diversidade e facilidade na prática da Arte num todo; por outro lado a consciência vai lhe permitir corrigir e evitar falhas, tranquilidade em perceber, aceitar e resolver problemas e diversidades, bem como a acuidade e mansidão em escolher qual melhor caminho e/ou maneira de agir diante das possíveis consequências de suas ações e resoluções.


    Querendo ou não, a consciência é a resposta para muitas das mazelas que se observam neste nosso mundo. Caso você tenha dúvidas do que estou a lhe dizer, tente aprofundar neste assunto. Medite, reflita e pondere de vez enquando. Acrescente, consulte ou leia um bom livro que fale sobre isto. Recomendo um livro muito bom chamado “Consciência é a Resposta”, do autor Robert Happe pela editora Talento.


    Na magia não cabe lugar a falsa ignorância, não cabe fingimento, não cabe a vontade egocentrista (que nada mais é que um desejo mimado, teimoso e mediocre). Na magia se você não tem consciência você não opera nada, nenhuma transformação plausível, principalmente porque se está deixando de fazer a maior e mais importante transmutação possível – a transformação e melhoria de si mesmo. Como querer trabalhar com energias potentes, mundos invisíveis e seres de outras dimensões, se não consegue trabalhar com as coisas mais básicas, com a energia mais simples e o ser que se conhece primeiramente que é você mesmo?


    Somos deidades encarnadas, representantes dos Deuses que cultuamos. Todavia antes de sermos tudo isso, somos ainda seus templos e receptáculos. Como manifestar a Divindade se o templo e o vasilhame que deveria ocupar está em ruínas e quebradiço? Como se encher de energias se há rachaduras que as deixam escoar se ao menos experimentá-las? Como conectar o divino interior com o Divino Superior, sendo que sua parte divina está confinada e impedida de desenvolver e manifestar-se devido a teimosia e ranso egoísta e medrosa?


    Tenhamos a consciência de nossos erros, de nossas limitações e de nossos medos para que possamos ter a coragem de nos superar. Somente assim pode-se, de fato, ter subsídios e capacidade real de operarmos a magia em todos os seus campos e possibilidades. Apenas tendo o conhecimento de todos os pormenores de nosso ser é que podemos dar vasão ao poder que temos latente, que podemos dar a liberdade plena do nosso divino interior se manifestar, harmonizar e alinhar-se como o Divino Superior; e desta forma seremos verdadeiramente os Deuses que cultuamos, em sua decrescência, caminhando na terra. Seremos comprovadamente representantes legítimo das forças, seres e Divindades que dizemos e/ou almejamos ser.

    Nubius Pendragon – 20/Fev/2013
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