Acredito que seria bom começar este texto esclarecendo e expondo uma coisa bem simplória: humildade não é sinônimo de ingenuidade, pobreza (de qualquer tipo), submissão e muito menos é pertinente única e exclusivamente a cultos judaico-cristão. Achei melhor começar assim, colocando claro o que muitos de nós, inclusive os que já se encontram a muito mais tempo no Caminho, compreendem de forma equivocada e muitas vezes até deturpada.
Há os que dizem que a humildade não condiz com a bruxaria/paganismo pois é coisa de cristão. Bem, tenho algo a dizer a estes: vocês estão muito e tremendamente enganados. Por outro lado existem aqueles que pregam a humildade de forma muito deturpada, talvez por falta de mais esclarecimento ou por ainda ter o vício do "mea culpa", pregando a humildade de modo que a torna sinônimo de coisas que não tem nada haver – como submissão por exemplo. Bom, estes também estão, obviamente, tão enganados quanto aos primeiros.
O fato é que a humildade está no reconhecer os erros, reconhecer a sabedoria e entendimento que não estão sob seus domínios e que pertencem a outra pessoa, está no ato de olhar nos olhos do outro e dizer que não entendeu, de olhar pra si mesmo e saber que pode melhorar e aprender mais. Isto em qualquer seguimento – religioso, profissional, pessoal, emocional e espiritual.
Quantos de nós, em diversos momentos de nossas vidas e Caminhos, fomos realmente humildes em reconhecer que não possuímos o conhecimento suficiente para esclarecer a dúvida de algum neófito que nos procura? Quando fomos humildes em dizer para alguém que acha que sacerdote/sacerdotisa X ou Y detém mais expertise do que nós, sob vários aspectos? Quando tivemos a humildade em procurar aprender e crescer junto a este sacerdote/sacerdotisa para aprimorar o próprio Trilhar junto aos Deuses? Francamente me atrevo a dizer que raríssimas vezes, pra não dizer nunca.
Por outro lado o orgulho, sim este tão protegido e delicado, fala alto quando se sente ameaçado. Como? Simples. Quando alguém nos procura, muitos de nós tem tanto orgulho em dizer que faz isso ou aquilo que se esquece de perguntar de que forma a pessoa quer trilhar o Caminho junto aos Deuses. Na grande parte das vezes muitos de nós se acha o supra-sumo do pedaço, tamanho é o orgulho que se esquece de enxergar com os olhos mágickos e Divinos os outros que estão no Caminho a mais tempo ou que estejam próximos a nós. Posso dizer que o orgulho é tão gigantesco que chega a cegar, confundir pensamentos e distorcer as percepções que temos do mundo e de nós mesmos – quer seja no campo cotidiano, quer seja no campo mágicko.
Ambas as formas até o momento, tanto do orgulho quanto da humildade, são as mais vistas e presenciadas no dia-a-dia nas vidas de todos. Porém, chamo a atenção para que se observe que estes pontos são os pontos meramente “humanos” e típicos de dormentes. O fato é que mesmo entre os despertos, inclusive aqueles que estão na Senda a muito mais tempo, por vezes agem como se não estivessem “despertados” e cometem erros tão banais no campo da humildade e do orgulho. Como assim? Ora, basta lembrar que uma vez “despertos” perdemos a chamada “Benção da Ignorância” e sendo assim não cabe agir como um adormecido.
O ponto crucial que deveria ser observado por todo Caminheiro Desperto e, obviamente, Consciente é que a humildade reside no Trilhar pacífico, cordial, harmonioso, cônscio, amoroso, verdadeiro e sincero no auto-aperfeiçoamento, crescimento e desenvolvimento, tanto pessoal quanto espiritual. Deste modo a humildade é sinônimo da consciência do trono que lhe cabe; do tamanho de seu cajado; da sua proporcionalidade Divina; de reconhecer, tranquilamente, que é apenas um instrumento dos Deuses e não o operador Deles; é no reconhecimento de seus próprios defeitos; de suas próprias carências no campo do conhecimento e de suas capacidades e, principalmente, no que tange na sua capacidade nata de errar, reconhecer o erro, assumir as consequências e, então, reparar os danos causados por sua negligência ou incapacidade nos erros que cometeu.
Em contrapartida, o ponto chave no que tange ao orgulho é saber se orgulhar de saber de onde veio, do que é feito, da forma que foi forjado, qual Caminho se trilha e qual o seu objetivo. Em suma pode-se resumir que se deve ter orgulho de ser filho e/ou filha dos Deuses Antigos, de ser um/uma representante destas Divindades, de se fazer um trabalho em prol dos que ainda estão por vir. Orgulho de saber que, pelo exemplo, você pode mudar e ensinar aqueles que te observam a serem melhores do que você conseguiu ser e, de quebra, promover a real transformação do que se tem hoje para algo muito melhor no futuro.
Desta feita, meus irmãos e minhas irmãs, se vê que tanto o orgulho quanto a humildade nada tem haver com que se prega e/ou se diz no meio da comunidade pagã nos dias atuais. Ao contrario, os ensinamentos sobre ambos conceitos jazem no ranço existente contra os cultos judaico-cristão de forma errada e deturpada. Sabe-se que por mais diversificado que seja o povo pagão, desde as eras mais remotas, o orgulho e a humildade existiam no cerne da sociedade pagã de forma clara, explícita e bem delineada. Sacerdotes e sacerdotisas tinham orgulho altivo e declarado quando falavam de seus Deuses e Deusas; no entanto possuíam humildade exemplar em reconhecer suas limitações, em aprender mais uns com os outros, em tornar o Caminho mais brando e harmonioso a todos.
Lembremos que o cristianismo englobou, assimilou, deturpou, demonizou e distorceu, de acordo com os interesses da “igreja”, tudo que existia antes dela. Assim sendo, é natural que nos dias de hoje tenhamos os conceitos da humildade e do orgulho erroneamente conhecidos como são; bem como cometermos o erro de nos pautarmos por eles.
Que, ao terminar de ler este texto, todos nós tenhamos o mínimo de subsídios para refletirmos, meditarmos e revermos nossas posturas, ações, pensamentos e conceitos. Reformulemos e resgatemos a humildade que, de forma tão violenta e aviltada, foi posta de lado; que o orgulho seja visto com outros olhos, com mais amor e sinceridade, bem como que fortalecido e valorizado de forma correta e honrosa.
Há os que dizem que a humildade não condiz com a bruxaria/paganismo pois é coisa de cristão. Bem, tenho algo a dizer a estes: vocês estão muito e tremendamente enganados. Por outro lado existem aqueles que pregam a humildade de forma muito deturpada, talvez por falta de mais esclarecimento ou por ainda ter o vício do "mea culpa", pregando a humildade de modo que a torna sinônimo de coisas que não tem nada haver – como submissão por exemplo. Bom, estes também estão, obviamente, tão enganados quanto aos primeiros.
O fato é que a humildade está no reconhecer os erros, reconhecer a sabedoria e entendimento que não estão sob seus domínios e que pertencem a outra pessoa, está no ato de olhar nos olhos do outro e dizer que não entendeu, de olhar pra si mesmo e saber que pode melhorar e aprender mais. Isto em qualquer seguimento – religioso, profissional, pessoal, emocional e espiritual.
Quantos de nós, em diversos momentos de nossas vidas e Caminhos, fomos realmente humildes em reconhecer que não possuímos o conhecimento suficiente para esclarecer a dúvida de algum neófito que nos procura? Quando fomos humildes em dizer para alguém que acha que sacerdote/sacerdotisa X ou Y detém mais expertise do que nós, sob vários aspectos? Quando tivemos a humildade em procurar aprender e crescer junto a este sacerdote/sacerdotisa para aprimorar o próprio Trilhar junto aos Deuses? Francamente me atrevo a dizer que raríssimas vezes, pra não dizer nunca.
Por outro lado o orgulho, sim este tão protegido e delicado, fala alto quando se sente ameaçado. Como? Simples. Quando alguém nos procura, muitos de nós tem tanto orgulho em dizer que faz isso ou aquilo que se esquece de perguntar de que forma a pessoa quer trilhar o Caminho junto aos Deuses. Na grande parte das vezes muitos de nós se acha o supra-sumo do pedaço, tamanho é o orgulho que se esquece de enxergar com os olhos mágickos e Divinos os outros que estão no Caminho a mais tempo ou que estejam próximos a nós. Posso dizer que o orgulho é tão gigantesco que chega a cegar, confundir pensamentos e distorcer as percepções que temos do mundo e de nós mesmos – quer seja no campo cotidiano, quer seja no campo mágicko.
Ambas as formas até o momento, tanto do orgulho quanto da humildade, são as mais vistas e presenciadas no dia-a-dia nas vidas de todos. Porém, chamo a atenção para que se observe que estes pontos são os pontos meramente “humanos” e típicos de dormentes. O fato é que mesmo entre os despertos, inclusive aqueles que estão na Senda a muito mais tempo, por vezes agem como se não estivessem “despertados” e cometem erros tão banais no campo da humildade e do orgulho. Como assim? Ora, basta lembrar que uma vez “despertos” perdemos a chamada “Benção da Ignorância” e sendo assim não cabe agir como um adormecido.
O ponto crucial que deveria ser observado por todo Caminheiro Desperto e, obviamente, Consciente é que a humildade reside no Trilhar pacífico, cordial, harmonioso, cônscio, amoroso, verdadeiro e sincero no auto-aperfeiçoamento, crescimento e desenvolvimento, tanto pessoal quanto espiritual. Deste modo a humildade é sinônimo da consciência do trono que lhe cabe; do tamanho de seu cajado; da sua proporcionalidade Divina; de reconhecer, tranquilamente, que é apenas um instrumento dos Deuses e não o operador Deles; é no reconhecimento de seus próprios defeitos; de suas próprias carências no campo do conhecimento e de suas capacidades e, principalmente, no que tange na sua capacidade nata de errar, reconhecer o erro, assumir as consequências e, então, reparar os danos causados por sua negligência ou incapacidade nos erros que cometeu.
Em contrapartida, o ponto chave no que tange ao orgulho é saber se orgulhar de saber de onde veio, do que é feito, da forma que foi forjado, qual Caminho se trilha e qual o seu objetivo. Em suma pode-se resumir que se deve ter orgulho de ser filho e/ou filha dos Deuses Antigos, de ser um/uma representante destas Divindades, de se fazer um trabalho em prol dos que ainda estão por vir. Orgulho de saber que, pelo exemplo, você pode mudar e ensinar aqueles que te observam a serem melhores do que você conseguiu ser e, de quebra, promover a real transformação do que se tem hoje para algo muito melhor no futuro.
Desta feita, meus irmãos e minhas irmãs, se vê que tanto o orgulho quanto a humildade nada tem haver com que se prega e/ou se diz no meio da comunidade pagã nos dias atuais. Ao contrario, os ensinamentos sobre ambos conceitos jazem no ranço existente contra os cultos judaico-cristão de forma errada e deturpada. Sabe-se que por mais diversificado que seja o povo pagão, desde as eras mais remotas, o orgulho e a humildade existiam no cerne da sociedade pagã de forma clara, explícita e bem delineada. Sacerdotes e sacerdotisas tinham orgulho altivo e declarado quando falavam de seus Deuses e Deusas; no entanto possuíam humildade exemplar em reconhecer suas limitações, em aprender mais uns com os outros, em tornar o Caminho mais brando e harmonioso a todos.
Lembremos que o cristianismo englobou, assimilou, deturpou, demonizou e distorceu, de acordo com os interesses da “igreja”, tudo que existia antes dela. Assim sendo, é natural que nos dias de hoje tenhamos os conceitos da humildade e do orgulho erroneamente conhecidos como são; bem como cometermos o erro de nos pautarmos por eles.
Que, ao terminar de ler este texto, todos nós tenhamos o mínimo de subsídios para refletirmos, meditarmos e revermos nossas posturas, ações, pensamentos e conceitos. Reformulemos e resgatemos a humildade que, de forma tão violenta e aviltada, foi posta de lado; que o orgulho seja visto com outros olhos, com mais amor e sinceridade, bem como que fortalecido e valorizado de forma correta e honrosa.
Nubius Pendragon – 13/SET/2013
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