Todos sabemos que o deserto por definição é árido, quente durante o dia e extremamente frio durante a noite, sem vegetação, sem animais, sem vida. Nos foi dado a conhecer que o deserto é apenas areia e morte para aqueles que tentam desafiá-lo.
Bem isto é o que se sabe e o que se vê no geral, no entanto se olharmos com atenção e nos pormenores, o que encontraremos??? Encontraremos água, alguns animais e até plantas. O grande pulo do gato é como olhar, saber reconhecer a beleza e a vida em lugares que muitos apenas enxergam tristeza, morte, solidão e dor.
Tá. E aí, o que isso tem haver com a magia ou com o desenvolvimento espiritual da gente? Simples. Tem tudo haver, lembrando que tudo está interligado na grande e profunda rede.
Muitas vezes nos isolamos de grupos, de pessoas e até de acontecimentos que, de um modo ou de outro, nos prejudicam mentalmente, psicologicamente e/ou espiritualmente. Desta forma criamos uma espécie de deserto entre nós e essas pessoas, grupos e acontecimentos pois as energias geradas por eles, na grande maioria das vezes, deixam de nos atingir.
Em outras vezes, ao nos aproximarmos de algumas pessoas, grupos e ao gerarmos alguns acontecimentos podemos, na maioria das vezes, de forma inconsciente vir a gerar desconforto e, de certo modo, um terreno semi-árido junto a estes grupos e pessoas devido as ações e acontecimentos.
Ora, querendo ou não, somos seres individuais e muito diferentes uns dos outros. Lembremos da grande dádiva da DIVERSIDADE que os Deuses nos abençoaram e que, de um jeito ou de outro, fazemos parte desta diversidade.
Não raro e sem perceber vai-se podando a liberdade do outro, vai se construindo um deserto em torno dele por puro egoísmo; claro que não com a intenção de deixá-lo desolado mas sim pelo desejo de ter o outro apenas para nós. Aos poucos criou-se um deserto em torno da outra pessoa, onde somos o único oásis e conforto a ela. De certa forma é assim que ocorre, criamos um deserto em torno da pessoa ao nosso lado – esposa, esposo, companheiro, companheira, namorado ou namorada. Tiramos tudo. Convivência com amigos e amigas, com parentes (distantes e próximos) e não raro até mesmo com os pais.
Isso mesmo eis aí o verdadeiro deserto. O outro lado, sempre querendo agradar, vai aceitando, aceitando, até cair no completo desolamento de outras convivências que não seja seu par. Se contorce, pula de um lado e de outro, tentando achar uma solução pacífica e diplomática para o isolamento. Mas tudo em vão.
Lembremos que não podemos dar ao outro o que não temos. Se temos nossas amizades, por quê privar o outro das amizades dele? Se temos nossos parentes (distantes ou não), nossos pais, então por quê privar o outro do convívio deles? Se temos as atividades que nós gostamos, por quê não deixar que outro tenha as atividades que ele gosta?
Ah, claro. Talvez seja porque não somos tão dados/ligados em nossas relações de amizade, ou então não curtimos muito os parentes que possuímos por algum motivo ou outro e talvez porque não temos muita afinidade com as atividade que o outro gosta. Tá mas e daí? Onde se encontra o respeito pelo outro? Onde se encontra o prazer em ver e sentir o prazer do outro em desfrutar a liberdade? E cabe a pergunta: por que tentar mudar a pessoa que você conheceu? Sim, pois ao criar este deserto em torno da pessoa é isso que ocorre: mudanças.
Não satisfeitas, ainda existem as pessoas que por intermédio de palavras, ações, discussões e insinuações vai transformando a pessoa em parte integrante do deserto criado. Vai transformando o outro em pedra, trocando as partes emocionais e psicológicas do outro. Uma ofensa aqui, uma discussão ali, uma palavra mal intencionada acolá e pronto, mágoas vão sendo criadas, pensamentos vão sendo isolados e incutidos, instaura-se a impotência emocional e psicológica no outro. Onde deveria haver algum sentimento vai começar a existir uma certa frieza. Onde deveria haver "carinhos quentes" começa a existir os "espinhos frios".
Onde deveria existir amor começa a surgir a indiferença. Por fim o tronco, o responsável guardião emotivo do ser começa a se transformar e, em consequência, o coração se torna frio, duro, imóvel – uma pedra.
Simples assim.
Infelizmente, a maioria de nós, nos vemos em um ou outro papel alternadamente. Infelizmente somos vítimas e vilões. Infelizmente não nos observamos. Claro. Na maioria das vezes se está preocupado em observar o outro e não a si mesmo.
O fato é que sempre agimos como desejamos e no entanto reagimos como somos. Nos esquecemos que o outro tem sentimentos, ideias e desejos diferentes e, por vezes, contrários aos nossos. E é justamente por isso que devemos respeitar os desejos, gostos, ideias e sentimentos da pessoa ao nosso lado. Sem julgar, sem preposições e sem palavras e/ou ideias projetadas ao outro.
Comecemos a analisar nosso agir, nossas palavras, os nossos erros, os nossos limites. Tentemos compreender o outro. Nos esforcemos a ter mais compaixão e entendimento, nos colocando no lugar do outro. Mesmo que em situações vividas simuntâneamente por duas pessoas, as vivências de um é e vai ser diferente do outro; nunca serão as mesmas. Os sentimentos experenciados serão diferentes entre si, os pontos de vista serão diferentes e, principalmente, a compreenção do que ocorre é diferente. Eis aí o milagre, dádiva e ao mesmo tempo maldição da tão adorada diversidade.
A Grande Magia se encontra em respeitar, compreender e enxergar a beleza da diversidade encontrada em cada um que nos cerca, que convivem conosco. A Magia Real se verifica no processo de nos transformarmos a cada dia em algo melhor do que somos neste instante e no instante seguinte, continuamente sem parar, buscando realizar a Verdadeira Alquimia em nosso ser – em nossas almas e corações.
A Grande Obra se resume em sermos Divinos enquando somos humanos; fazermos juz aos Deuses que cultuamos, sermos realmente Deuses enquanto mundanos, harmonizando nossa divindade interior com a Divindade Superior; alinhando nossa deidade interna com a Deidade Superior. É fazermos com que o amor, harmonia, respeito, paz e bem estar floresça, cresça, se multiplique e renove o mundo e as energias que emanamos e colhemos. Que ao invés de gerar desertos criemos oásis, lagos, rios, mares e oceanos; que não criemos pedras e sim flores; que não criemos frieza, indiferença, rancor, mágoas mas sim carinhos calorosos, atenção, amor, perdão, compaixão e que possamos curar o outro de forma amorosa e amiga.
Há os que dizem que somos um oásis dentro da grande coletividade da qual fazemos parte e, que ao mesmo tempo, somos também o deserto de nós mesmos. Como disse no início: basta saber como olhar.
Bem isto é o que se sabe e o que se vê no geral, no entanto se olharmos com atenção e nos pormenores, o que encontraremos??? Encontraremos água, alguns animais e até plantas. O grande pulo do gato é como olhar, saber reconhecer a beleza e a vida em lugares que muitos apenas enxergam tristeza, morte, solidão e dor.
Tá. E aí, o que isso tem haver com a magia ou com o desenvolvimento espiritual da gente? Simples. Tem tudo haver, lembrando que tudo está interligado na grande e profunda rede.
Muitas vezes nos isolamos de grupos, de pessoas e até de acontecimentos que, de um modo ou de outro, nos prejudicam mentalmente, psicologicamente e/ou espiritualmente. Desta forma criamos uma espécie de deserto entre nós e essas pessoas, grupos e acontecimentos pois as energias geradas por eles, na grande maioria das vezes, deixam de nos atingir.
Em outras vezes, ao nos aproximarmos de algumas pessoas, grupos e ao gerarmos alguns acontecimentos podemos, na maioria das vezes, de forma inconsciente vir a gerar desconforto e, de certo modo, um terreno semi-árido junto a estes grupos e pessoas devido as ações e acontecimentos.
Ora, querendo ou não, somos seres individuais e muito diferentes uns dos outros. Lembremos da grande dádiva da DIVERSIDADE que os Deuses nos abençoaram e que, de um jeito ou de outro, fazemos parte desta diversidade.
Não raro e sem perceber vai-se podando a liberdade do outro, vai se construindo um deserto em torno dele por puro egoísmo; claro que não com a intenção de deixá-lo desolado mas sim pelo desejo de ter o outro apenas para nós. Aos poucos criou-se um deserto em torno da outra pessoa, onde somos o único oásis e conforto a ela. De certa forma é assim que ocorre, criamos um deserto em torno da pessoa ao nosso lado – esposa, esposo, companheiro, companheira, namorado ou namorada. Tiramos tudo. Convivência com amigos e amigas, com parentes (distantes e próximos) e não raro até mesmo com os pais.
Isso mesmo eis aí o verdadeiro deserto. O outro lado, sempre querendo agradar, vai aceitando, aceitando, até cair no completo desolamento de outras convivências que não seja seu par. Se contorce, pula de um lado e de outro, tentando achar uma solução pacífica e diplomática para o isolamento. Mas tudo em vão.
Lembremos que não podemos dar ao outro o que não temos. Se temos nossas amizades, por quê privar o outro das amizades dele? Se temos nossos parentes (distantes ou não), nossos pais, então por quê privar o outro do convívio deles? Se temos as atividades que nós gostamos, por quê não deixar que outro tenha as atividades que ele gosta?
Ah, claro. Talvez seja porque não somos tão dados/ligados em nossas relações de amizade, ou então não curtimos muito os parentes que possuímos por algum motivo ou outro e talvez porque não temos muita afinidade com as atividade que o outro gosta. Tá mas e daí? Onde se encontra o respeito pelo outro? Onde se encontra o prazer em ver e sentir o prazer do outro em desfrutar a liberdade? E cabe a pergunta: por que tentar mudar a pessoa que você conheceu? Sim, pois ao criar este deserto em torno da pessoa é isso que ocorre: mudanças.
Não satisfeitas, ainda existem as pessoas que por intermédio de palavras, ações, discussões e insinuações vai transformando a pessoa em parte integrante do deserto criado. Vai transformando o outro em pedra, trocando as partes emocionais e psicológicas do outro. Uma ofensa aqui, uma discussão ali, uma palavra mal intencionada acolá e pronto, mágoas vão sendo criadas, pensamentos vão sendo isolados e incutidos, instaura-se a impotência emocional e psicológica no outro. Onde deveria haver algum sentimento vai começar a existir uma certa frieza. Onde deveria haver "carinhos quentes" começa a existir os "espinhos frios".
Onde deveria existir amor começa a surgir a indiferença. Por fim o tronco, o responsável guardião emotivo do ser começa a se transformar e, em consequência, o coração se torna frio, duro, imóvel – uma pedra.
Simples assim.
Infelizmente, a maioria de nós, nos vemos em um ou outro papel alternadamente. Infelizmente somos vítimas e vilões. Infelizmente não nos observamos. Claro. Na maioria das vezes se está preocupado em observar o outro e não a si mesmo.
O fato é que sempre agimos como desejamos e no entanto reagimos como somos. Nos esquecemos que o outro tem sentimentos, ideias e desejos diferentes e, por vezes, contrários aos nossos. E é justamente por isso que devemos respeitar os desejos, gostos, ideias e sentimentos da pessoa ao nosso lado. Sem julgar, sem preposições e sem palavras e/ou ideias projetadas ao outro.
Comecemos a analisar nosso agir, nossas palavras, os nossos erros, os nossos limites. Tentemos compreender o outro. Nos esforcemos a ter mais compaixão e entendimento, nos colocando no lugar do outro. Mesmo que em situações vividas simuntâneamente por duas pessoas, as vivências de um é e vai ser diferente do outro; nunca serão as mesmas. Os sentimentos experenciados serão diferentes entre si, os pontos de vista serão diferentes e, principalmente, a compreenção do que ocorre é diferente. Eis aí o milagre, dádiva e ao mesmo tempo maldição da tão adorada diversidade.
A Grande Magia se encontra em respeitar, compreender e enxergar a beleza da diversidade encontrada em cada um que nos cerca, que convivem conosco. A Magia Real se verifica no processo de nos transformarmos a cada dia em algo melhor do que somos neste instante e no instante seguinte, continuamente sem parar, buscando realizar a Verdadeira Alquimia em nosso ser – em nossas almas e corações.
A Grande Obra se resume em sermos Divinos enquando somos humanos; fazermos juz aos Deuses que cultuamos, sermos realmente Deuses enquanto mundanos, harmonizando nossa divindade interior com a Divindade Superior; alinhando nossa deidade interna com a Deidade Superior. É fazermos com que o amor, harmonia, respeito, paz e bem estar floresça, cresça, se multiplique e renove o mundo e as energias que emanamos e colhemos. Que ao invés de gerar desertos criemos oásis, lagos, rios, mares e oceanos; que não criemos pedras e sim flores; que não criemos frieza, indiferença, rancor, mágoas mas sim carinhos calorosos, atenção, amor, perdão, compaixão e que possamos curar o outro de forma amorosa e amiga.
Há os que dizem que somos um oásis dentro da grande coletividade da qual fazemos parte e, que ao mesmo tempo, somos também o deserto de nós mesmos. Como disse no início: basta saber como olhar.
Nubius Pendragon – 7/JAN/2014
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