Hoje ao ler algumas postagens em redes sociais me deparei com uma triste verdade: as mulheres perderam o rumo! Sei que os homens perderam mais ainda. Mas meu trabalho é com o feminino, então a ele volto meus olhos.
Em todos os tempos a falta de equilíbrio foi nossa maior doença e aí reside o desperdício ao qual me refiro. A sutil diferença entre sensualidade e vulgaridade. As postagens pareciam leilões de bundas, de seios e de habilidades. Fiquei pasma. Certamente já havia lido várias vezes coisas do gênero, mas hoje o ruído me chamou mais a atenção.
Não casualmente lembrei-me dos comerciais de eletrodomésticos, onde há um aumento de volume e uma apelação, do tipo “ninguém vende por menos”.
Vi mulheres leiloando a virgindade na internet e recordei do livro “A Tenda Vermelha”, onde as meninas eram desvirginadas com um objeto sagrado no dia da menarca e o sangue da menstruação unia-se ao da perda do hímen e eram entregues à Terra, só ela mereceria esse “tributo”.
A mulher tem a liberdade de usar seu corpo como lhe convém e não há, no meu conhecimento, bruxas puritanas! Mas entender o corpo como um templo e não como uma grande feira é essencial para viver esta liberdade, pois inclusive a liberdade é a ausência de submissão, o direito de agir segundo o seu livre arbítrio e não em função do outro. Como posso ser livre se preciso afirmar o tempo todo que minha bunda é maior do que a das outras? Se existe a necessidade contínua de fazer certames velados para firmar meus dons sexuais...
Tecendo a teia da vida e consciente da minha jornada, eu preciso deixar registrada a minha crença de que é essencial equilibrar o feminino: ser, simplesmente ser. Abandonar a necessidade constante de auto-afirmação, de exposições exageradas, muitas vezes escondidas em pseudônimos e em bebidas de álcool, que encobrem nossa verdadeira insatisfação e baixa-estima.
Quantas destas mulheres super dotadas que acreditam terem poderes extra humanos e corpos extraordinários já conseguiram respirar algumas vezes profundamente e sentir o real domínio de seus corpos? Quantas já perceberam o poder da menstruação? Quantas entenderam a influência da lua nos seus úteros e reconheceram o domínio que exercem sobre o masculino simplesmente sendo única e autêntica?
Falo em cuidar do corpo sim e muito, ser sensual, ter prazer, ousar, mas com amor próprio e sem praticar o leilão de partes do corpo.
Numa época onde se fala em poupar água porque um dia pode acabar, exprimo a necessidade de não desperdiçar o feminino, que não acabará, só não será mais reconhecido, ficará perdido no meio do marketing excessivo das partes do corpo.
Em todos os tempos a falta de equilíbrio foi nossa maior doença e aí reside o desperdício ao qual me refiro. A sutil diferença entre sensualidade e vulgaridade. As postagens pareciam leilões de bundas, de seios e de habilidades. Fiquei pasma. Certamente já havia lido várias vezes coisas do gênero, mas hoje o ruído me chamou mais a atenção.
Não casualmente lembrei-me dos comerciais de eletrodomésticos, onde há um aumento de volume e uma apelação, do tipo “ninguém vende por menos”.
Vi mulheres leiloando a virgindade na internet e recordei do livro “A Tenda Vermelha”, onde as meninas eram desvirginadas com um objeto sagrado no dia da menarca e o sangue da menstruação unia-se ao da perda do hímen e eram entregues à Terra, só ela mereceria esse “tributo”.
A mulher tem a liberdade de usar seu corpo como lhe convém e não há, no meu conhecimento, bruxas puritanas! Mas entender o corpo como um templo e não como uma grande feira é essencial para viver esta liberdade, pois inclusive a liberdade é a ausência de submissão, o direito de agir segundo o seu livre arbítrio e não em função do outro. Como posso ser livre se preciso afirmar o tempo todo que minha bunda é maior do que a das outras? Se existe a necessidade contínua de fazer certames velados para firmar meus dons sexuais...
Tecendo a teia da vida e consciente da minha jornada, eu preciso deixar registrada a minha crença de que é essencial equilibrar o feminino: ser, simplesmente ser. Abandonar a necessidade constante de auto-afirmação, de exposições exageradas, muitas vezes escondidas em pseudônimos e em bebidas de álcool, que encobrem nossa verdadeira insatisfação e baixa-estima.
Quantas destas mulheres super dotadas que acreditam terem poderes extra humanos e corpos extraordinários já conseguiram respirar algumas vezes profundamente e sentir o real domínio de seus corpos? Quantas já perceberam o poder da menstruação? Quantas entenderam a influência da lua nos seus úteros e reconheceram o domínio que exercem sobre o masculino simplesmente sendo única e autêntica?
Falo em cuidar do corpo sim e muito, ser sensual, ter prazer, ousar, mas com amor próprio e sem praticar o leilão de partes do corpo.
Numa época onde se fala em poupar água porque um dia pode acabar, exprimo a necessidade de não desperdiçar o feminino, que não acabará, só não será mais reconhecido, ficará perdido no meio do marketing excessivo das partes do corpo.
Aracne Tessala – JUL/2014
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